Dilma diz que é hora de pensar no Brasil, não em partidos ou projetos pessoais
Brasil - 10/08/2015 17:44
A presidente Dilma Rousseff disse nesta segunda-feira que o momento é de pensar no Brasil, não em partidos políticos ou projetos pessoais, e defendeu que o país precisa de estabilidade para superar o momento atual de dificuldade.
Em São Luís, onde entregou unidades habitacionais do programa Minha Casa Minha Vida, Dilma afirmou ainda que seu governo não concorda com a aprovação de quaisquer medidas que levem à instabilidade política ou econômica e fez um apelo para o repúdio ao "vale-tudo" para prejudicar qualquer governo.
"O Brasil precisa, muito mais do que nunca, que as pessoas pensem primeiro nele, Brasil, pensem no que serve à nação, à população brasileira, e só depois pensem em seus partidos e nos seus projetos pessoais", disse a presidente durante discurso.
"Vamos repudiar sistematicamente o vale-tudo para atingir qualquer governo, seja o governo federal, seja o governo dos Estados, seja o governo dos municípios. No vale-tudo, quem acaba sendo atingido pela torcida do quanto pior melhor é a população", acrescentou.
Dilma tem enfrentado dificuldades no Congresso Nacional, com a Câmara dos Deputados aprovando medidas que representam aumento dos gastos, em um momento em que o Executivo tenta reequilibrar as contas públicas.
Além disso, as especulações em torno da eventual abertura de um processo de impeachment contra Dilma também têm crescido, em meio à desaprovação recorde de sua gestão apontada em pesquisas de opinião.
A presidente tem à frente a análise das contas do ano passado de seu governo pelo Tribuna7l de Contas da União (TCU), que pode dar força aos partidários do impedimento em caso de recomendação pela rejeição das contas, e processos que pedem a cassação de sua chapa no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O pedido de Dilma para que se pense primeiro no país vem depois de um apelo semelhante feito na semana pelo vice-presidente e articulador político do governo, Michel Temer, que disse que alguém precisava fazer um pedido pela reunificação nacional.
Fonte: Reuters
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