O governo federal elevou em 14,7 por cento o crédito disponível no Plano Safra 2014/15, na comparação com 2013/14, para um valor recorde de 156,1 bilhões de reais, um montante que deverá ser suficiente para a produção brasileira de grãos e oleaginosas atingir a marca histórica de pelo menos 200 milhões de toneladas.
No Plano Agrícola e Pecuário 14/15, válido a partir de dia 1º de julho, a taxa média de juro do programa subirá 1 ponto percentual ante a temporada anterior, para 6,5 por cento ao ano, anunciou o governo nesta segunda-feira.
Mas o crescimento do juro ficou abaixo do aumento da taxa básica Selic, que variou de 7,5 para 11 por cento, desde o plano anterior (13/14), afirmou a jornalistas o ministro da Agricultura, Neri Geller.
"Se fizer uma comparação com o passado, o aumento de 1 por cento (1 ponto percentual) é ainda melhor", comentou o ministro, ressaltando que o plano seguiu reivindicações do setor agrícola e teve o apoio da presidente Dilma Rousseff no tradicional embate da Agricultura com a Fazenda na elaboração das diretrizes.
A presidente Dilma, por sua vez, destacou durante a cerimônia no Palácio do Planalto que 85 por cento do crédito do plano terá o chamado "juro controlado", abaixo do vigente no mercado.
Segundo Dilma, com o novo plano o Brasil mantém o "compromisso" para a expansão da agropecuária brasileira, cuja produtividade tem sido crescente.
Geller reafirmou posição da presidente de que, se houver necessidade de mais recursos para agropecuária brasileira ao longo de 14/15, financiamentos além dos programados serão liberados. "Então, os recursos, se gastar tudo, pode gastar até mais."
Questionado, ele negou que o aumento dos recursos do plano tenha cunho eleitoral, ressaltando que o governo tem elevado ano após ano a oferta de financiamentos.
Fonte: Reuters