A presidente Dilma Rousseff anunciou nesta quarta-feira, em pronunciamento pela comemoração do Dia do Trabalhador, a correção da tabela de Imposto de Renda e um reajuste de 10 por cento nos benefícios do Bolsa Família, duas medidas com impacto nas contas fiscais do país.
Num discurso recheado de respostas a críticas que seu governo vem sofrendo, a presidente também assumiu o compromisso de, se reeleita, dar continuidade à política de reajuste real ao salário mínimo e criticou aqueles que propõem mudá-la.
Em aparente resposta ao pré-candidato do PSDB à Presidência, senador Aécio Neves (MG), a presidente disse que algumas pessoas "dizem que a valorização do salário mínimo é um erro do governo e, por isso, defendem a adoção de medidas duras, sempre contra os trabalhadores".
"Nosso governo nunca será o governo do arrocho salarial, nem o governo da mão dura contra o trabalhador". Recentemente, o pré-candidato tucano disse estar pronto para adotar medidas "impopulares" se eleito.
Dilma tem perdido popularidade e caído nas pesquisas de intenções de voto e usou no pronunciamento um tom político mais forte do que o usual para defender as ações da sua gestão.
"Meu governo também será sempre o governo do crescimento com estabilidade, do controle rigoroso da inflação e da administração correta das contas públicas", prosseguiu a presidente.
O governo tem sido alvo de críticas constantes no campo econômico dos dois principais pré-candidatos de oposição à Presidência e também sofrido com a desconfiança do mercado em relação à política econômica, em meio ao baixo crescimento e aumento dos gastos públicos.
A aceleração da inflação, que está perto do teto da meta do governo, é um dos motivos apontados para a queda de popularidade da presidente e da avaliação positiva do governo, o que reforça a possibilidade de segundo turno nas eleições.
No pronunciamento, Dilma reconheceu aumentos "localizados de preços" e reafirmou compromisso com o combate à inflação.
Fonte: Portal Sucesso