As Forças Armadas da Ucrânia pretendem lançar uma operação contra o terrorismo de "grande escala" para combater militantes separatistas pró-Rússia, disse no domingo o presidente em exercício Oleksander Turchinov, elevando o risco de um confronto militar com Moscou.
Enfurecido com a morte de um oficial de segurança do Estado e pelos ferimentos causados em outros dois membros de órgãos de ordem pública em um confronto na cidade de Slaviansk, Turchinov deu prazo até segunda-feira ao rebeldes que ocupam prédios do Estado para que deponham as armas.
Turchinov acusou a Rússia, que se opôs ao levante pró-Europa que forçou a saída do poder do ex-presidente ucraniano Viktor Yanukovich, apoiado pela Rússia, de estar por trás da série de levantes nas cidades, cujo idioma que falam é o russo, na região leste da Ucrânia.
"O sangue de heróis ucranianos foi derramado na guerra que a Federação Russa está travando contra a Ucrânia", disse o presidente em um pronunciamento à nação.
"O agressor não parou e segue disseminando desordem no leste do país."
O Ministério de Relações Exteriores russo chamou a operação militar planejada pela Ucrânia de "ordem criminal" e afirmou que o Ocidente deve manter sob controle seus aliados no governo da Ucrânia.
"Agora é responsabilidade do Ocidente evitar uma guerra civil na Ucrânia", disse em comunicado o ministério.
A nota afirma ainda que colocará na pauta do Conselho de Segurança da ONU uma discussão urgente sobre a situação no leste ucraniano.
Apesar de militares da Ucrânia não terem resistido com força à anexação russa da península ucraniana da Crimeia, Turchinov ameaçou com uma ação robusta contra rebeldes no leste.
Fonte: Reuters