A maioria dos 30 ativistas do Greenpeace detidos na Rússia por um protesto contra a exploração de petróleo no Ártico deixaram o país nesta sexta-feira sob uma anistia, informou o grupo ambientalista.
A partida dos ativistas acontece após os primeiros integrantes dos "30 do Ártico" terem deixado a Rússia, na quinta-feira. Todos os 26 ativistas não russos, incluindo a brasileira Ana Paula Maciel, foram autorizados a deixar o país, e 25 deles já saíram, disse o Greenpeace.
O governo brasileiro afirmou que "tomou conhecimento, com satisfação, da notícia de que ativista brasileira...recebeu autorização formal do Serviço Federal de Migração da Federação da Rússia para que possa deixar o país".
Em nota, o Itamaraty informou que Ana Paula deverá voltar ao Brasil no fim de semana.
O tratamento da Rússia aos ativistas de 18 países despertou duras críticas de nações ocidentais e de celebridades. Os ativistas passaram dois meses presos e poderiam ser condenados a até sete anos de prisão por acusação de vandalismo.
"Acabou. Estamos finalmente livres de verdade", disse Alex Garris, de 27 anos, de Devon, na Grã-Bretanha.
As acusações foram retiradas sob uma anistia aprovada este mês, que segundo críticos foi parte de uma campanha do presidente Vladimir Putin para melhorar a imagem da Rússia antes dos Jogos Olímpicos de Inverno, em Sochi, em fevereiro.
"O apoio mundial foi uma lição de humildade. Obrigada", disse a ativista holandesa Faiza Oulahsen no Twitter na sexta-feira. Ela acrescentou: "No meu caminho de volta a Amsterdã depois de quase quatro meses incríveis."
A Rússia diz que ativistas colocaram em perigo vidas e propriedades no protesto na plataforma de petróleo da empresa estatal Gazprom, no mar Pechora, um elemento-chave nos planos da Rússia para o desenvolvimento do Ártico.
O Greenpeace afirma que o embarque de autoridades russas em seu navio após o protesto era ilegal e alega que seus ativistas realizaram um protesto pacífico.
Fonte: Reuters