Para Sindahl, a demanda irá determinar se haverá a necessidade de expandir a fábrica que a Saab vai construir em São Bernardo do Campo.
Em princípio, o local produzirá partes das asas e da fuselagem do caça, provavelmente usando uma tecnologia hoje inexistente no país, aplicando materiais compostos –que são mais leves que o alumínio aeronáutico.
A empresa sueca foi a vencedora da concorrência para fornecer 36 aviões à FAB, em decisão de US$ 4,5 bilhões (R$ 10,5 bilhões) anunciada na quinta-feira. A Suécia já encomendou 60 unidades do modelo e a Suíça, 22, em decisão a ser referendada.
"Trabalhando no Brasil, podemos explorar mercados distantes da Europa", disse Sindahl. Ele teve uma primeira reunião ontem com oficiais da FAB. Ficou decidido que nos próximos dois meses serão definidas as equipes que trabalharão no contrato a ser assinado até o fim de 2014.
"Nossa proposta aprovada foi feita em 2008. Agora vamos ouvir todas as adequações que a FAB decidir e fazer os ajustes", disse Dan Janglbad, vice-presidente da Saab que participou da reunião.
Os primeiros aviões deverão ser entregues em 2018. A FAB quer modelos hoje em uso do Gripen emprestados para fazer a defesa aérea do espaço entre Brasília e o Sudeste. Os Mirage hoje empregados serão aposentados e a função será cumprida por caças F-5 mais adequados para combate ar-ar do que para interceptação de ameaças.
Para a Saab, isso terá de ser uma decisão de governos, pois não há Gripens do modelo hoje em uso estocados.
Fonte: Portal Sucesso