A África do Sul enterrou Nelson Mandela neste domingo, encerrando um capítulo de sua história sofrida e iniciando outro em que a democracia multiracial que ele fundou terá que descobrir se consegue prosperar sem o seu principal pilar.
O ganhador do Nobel da Paz, que ficou preso durante o Apartheid por 27 anos, antes de emergir para pregar o perdão e a reconciliação no país, foi colocado para descansar na casa de seus ancestrais em Qunu, depois de uma despedida que misturou pompa militar e os ritos tradicionais de seu clã Xhosa abaThembu.
Enquanto seu caixão era abaixado para a sepultura, três helicópteros militares sobrevoavam o cemitério balançando a bandeira sul-africana, rememorando a posse de Mandela como primeiro presidente negro da África do Sul há quase duas décadas.
Uma bateria de canhões disparou uma salva de 21 tiros, que ecoaram pelas colinas do Cabo Oriental, antes de cinco caças voarem baixo e em formação sobre o vale.
"A sua foi realmente uma longa caminhada até a liberdade, e agora você conseguiu a liberdade definitiva no seio de seu criador", disse um capelão militar durante a cerimônia no jazigo da família, onde três dos filhos de Mandela já estão enterrados.
Ao lado da sepultura havia 450 parentes, líderes políticos e convidados estrangeiros, incluindo o príncipe Charles, da Grã-Bretanha, o ativista norte-americano de direitos civis
Fonte: Reuters