A rede social Instagram anunciou nesta quinta-feira (12) o Instagram Direct, função de compartilhar fotos e vídeos de maneira restrita e que funciona como uma troca de mensagens.
É possível compartilhar imagens por meio da capacidade para grupos compostos por entre uma e 15 pessoas que te seguem. Caso os os dois usuários se sigam, o envio e recebimento é feito automaticamente. Quando um contato visualiza a foto, o remetente é avisado por meio de uma sinalização.
Usuários que não são seguidos pelos destinatários de suas mensagens terão as imagens do Direct postas em uma caixa de pendência, como funciona a aba "outros" das mensagens no Facebook enviadas por quem não é um contato na rede.
A central das fotos "diretas" é chamada de Inbox, "caixa de entrada" em inglês, e pode ser acessada por meio de um ícone exibido no canto superior direito do aplicativo.
A troca de mensagens será possível por meio dos aplicativos para iPhone e para Android do serviço. As novas capacidades serão disponibilizadas em uma atualização, que será liberada hoje. Os apps para BlackBerry e Windows Phone do Instagram devem receber a função "em algum ponto dos próximos meses", segundo a companhia.
O aplicativo para iPhone também foi redesenhado para combinar com a versão mais nova do sistema de dispositivos móveis da Apple, o iOS 7.
"É assim: 'encontrei algo no mundo e quero mostrá-lo para você'. Muitas pessoas disseram que queriam fazer isso com o Instagram", disse Bailey Richardson, gerente de comunidades internacionais do Instagram, durante um evento realizado em São Paulo no começo desta tarde, simultaneamente ao anúncio global, nos EUA.
Usuários do Brasil estão entre os cinco mais numerosos na rede social, segundo a empresa, que está em processo de contratar um gerente de marketing que vai atuar localmente.
Havia rumores de que a função lançada hoje teria funcionamento semelhante ao do Snapchat, app que troca fotos que se destroem após vistas --e que recusou no mês passado uma oferta milionária de compra do Facebook.
O Instagram não vê "canibalização" entre serviços do Facebook --o Messenger e o próprio app da rede social, que, entre outras funções, também permitem a troca de imagens. Segundo a representação da empresa no Brasil, a ideia é ampliar o leque do que o usuário do Instagram pode fazer dentro do app, já que ele já gasta seu tempo dentro dele.
A ferramenta é aberta para qualquer usuário cadastrado no Instagram, incluindo marcas. Isso serviria para alavancar o tipo de conteúdo compartilhado por empresas que usam o Instagram como ferramenta de publicidade e alavancaria o faturamento da empresa.
Por outro lado, a ideia de limitar os grupos para até 15 pessoas é combater o envio de publicidade não autorizada.
Fundado em 2006 pelo americano Kevin Systrom e pelo brasileiro Mike Krieger, o Instagram vem sendo mais profundamente integrado ao Facebook, empresa à qual pertence desde o ano passado, quando de uma negociação de US$ 1 bilhão.
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Fonte: Folha.com share via facebook