O Brasil abriu nesta sexta-feira mais dois de seus principais aeroportos para a iniciativa privada, arrecadando 20,8 bilhões de reais ao leiloar os terminais de Galeão e Confins para grandes grupos nacionais e estrangeiros.
O resultado foi comemorado pela presidente Dilma Rousseff, que classificou o leilão como "extraordinário", e pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, porque mostra que "há apetite dos investidores para entrar no programa de concessões brasileiro".
O consórcio formado pela Odebrecht, uma das maiores empresas privadas do Brasil, e a operadora de aeroportos Changi, de Cingapura, venceu a disputa pelo Galeão com uma oferta de 19,018 bilhões de reais, quase quatro vezes maior que o lance mínimo definido pelo governo.
Cinco grupos entregaram envelopes com propostas pela concessão do Galeão, mas nenhuma com montante perto do apresentado pela Odebrecht, que tem 60 por cento de participação no consórcio vencedor.
A segunda melhor oferta pelo aeroporto no Rio, cidade que receberá jogos da Copa do Mundo no ano que vem e sediará as Olimpíadas em 2016, foi de 14,5 bilhões de reais.
O aeroporto de Confins, na região metropolitana de Belo Horizonte, foi arrematado pelo consórcio liderado pela CCR, com lance final de 1,82 bilhão de reais, ágio de 66 por cento sobre o mínimo estipulado.
"Cumprimos a primeira etapa, na qual os maiores aeroportos seriam concessionados e traríamos grandes operadores internacionais. Agora precisamos avaliar esses resultados", disse o ministro-chefe da Secretaria de Aviação Civil, Moreira Franco, em entrevista coletiva após o leilão.
Galeão e Confins respondem juntos por 14 por cento da movimentação de passageiros e 10 por cento de carga no Brasil.
Fonte: Portal Sucesso