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Lesões de Messi preocupam Barcelona e seleção argentina

Esportes - 06/10/2013 10:15


Toda vez que Messi sai de campo machucado um alarme soa ao mesmo tempo em Barcelona e Buenos Aires. As frequentes lesões musculares que o melhor jogador do mundo tem tido, especialmente na coxa direita, deixam catalães e argentinos muito preocupados com a possibilidade de não contar com ele em momentos decisivos - a reta final da temporada para o Barça, a Copa do Mundo para a Argentina.

O último infortúnio do craque ocorreu no sábado retrasado, no primeiro tempo da partida contra o Almería. Pouco depois de abrir o placar, ele sentiu dor na coxa direita e pediu para sair. A previsão dos médicos do clube é de que serão necessárias três semanas para que possa voltar a jogar.

O músculo maldito de Messi é o bíceps femoral da coxa direita, que é muito exigido por seu estilo de jogo - aceleração, freada brusca e reaceleração. Ele já lesionou esse músculo sete vezes. A mais grave foi em março de 2006, num jogo contra o Chelsea pela Liga dos Campeões. Ficou dois meses e meio parado e não pôde jogar a final da competição, vencida pelo Barcelona em Paris diante do Arsenal. Foi um estirão nesse músculo num jogo contra o PSG, em abril deste ano, que deu início a um período em que conseguiu jogar apenas uma partida completa em 27 disputadas por seu time e pela seleção argentina. E também foi nele que sofreu a última lesão.

Messi convive com lesões desde que chegou à equipe principal do Barça, mas viveu um período de bonança em que mal pisou na sala do departamento médico. Foi entre a metade de 2008 e a metade de 2012, os anos da “era Pep Guardiola” sob o seu comando, o argentino entrou em campo mais vezes e marcou mais gols do que nunca. Entre 2004 (ano de sua estreia, quando tinha 16 anos e jogou apenas nove partidas) e 2008 ele disputou 110 jogos e fez 42 gols. Com Guardiola, foram 219 jogos e 211 gols.

O técnico o obrigou a seguir uma dieta elaborada por um nutricionista, e isso deu jeito nos péssimos hábitos alimentares que ele tinha. Messi passou a comer verduras e frutos do mar, algo que não fazia antes, e diminuiu drasticamente a quantidade de refrigerantes que bebia. O fato de ter sido alçado à condição de estrela da companhia por causa da saída de Ronaldinho Gaúcho e Deco (dois jogadores que Guardiola colocou em disponibilidade assim que assumiu o cargo) também ajudou o argentino a criar juízo e se tornar mais responsável, com uma conduta mais profissional.

JUÍZO
Além disso, com tato e autoridade o treinador o convencia de que às vezes era preciso descansar. E o deixava fora de um jogo fácil pela Copa do Rei ou de vez em quando o tirava mais cedo quando a vitória estava garantida. Tito Vilanova, que o substituiu no banco do Barça, não conseguia domar o astro do time. E Messi jogou sempre que quis - até que estourou em Paris.

Um exemplo de como o craque é obcecado por jogar é o périplo que fez durante as férias ao invés de descansar um corpo que precisava de uma parada. Entre 22 de junho e 6 de julho ele foi a Milão e ao Senegal para cumprir compromissos com patrocinadores e disputou quatro amistosos beneficentes na Colômbia, Peru e Estados Unidos. Percorreu 43 mil quilômetros e depois passou uma semana em Ibiza com a mulher e o filho antes de se reapresentar ao Barcelona, dia 15 de julho.

Na pré-temporada, entre 24 de julho e 10 de agosto esteve em sete países. E voou mais 25 mil quilômetros. Essa maratona de quase 70 mil quilômetros em menos de dois meses fez com que tivesse três lesões musculares. Na Argentina se dá como certo que Messi não chegará à Copa do Mundo em sua melhor condição física, porque o prejuízo causado pelo abuso nas férias e na pré-temporada, somado à fragilidade de seus músculos (principalmente o tal do bíceps femoral da coxa direita), não pode mais ser remediado - nem com os treinos de carga diferenciada dados a ele no clube espanhol.

E se o craque - que finalmente conquistou o coração dos torcedores com suas atuações na seleção - não estiver bem, a chance de a Argentina ganhar o Mundial diminuirá muito.

Fonte: Estadão share via facebook

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