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Dilma diz que Obama se responsabilizará por investigação de espionagem

Mundo - 06/09/2013 18:47



A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta sexta-feira que o presidente dos EUA, Barack Obama, se comprometeu a assumir "responsabilidade direta e pessoal" pela investigação das denúncias de espionagem da comunicação pessoal da presidente, que provocaram tensão entre os países e levaram o Brasil a pedir uma explicação.
 
"O presidente Obama declarou para mim que assumia a responsabilidade direta e pessoal pelo integral esclarecimento dos fatos e que proporia para exame do Brasil medidas para sanar o problema", disse Dilma a jornalistas em São Petersburgo, antes de embarcar para o Brasil, após participar de reunião de cúpula do G20 na Rússia.
 
"Diante do meu ceticismo devido à falta de resultados do encontro entre o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e o vice-presidente (dos EUA, Joe) Biden, ocorrido semana passada, o presidente Obama me reiterou que ele assumia a responsabilidade direta e pessoal tanto para a apuração das denúncias como para oferecer as medidas que o governo brasileiro considerasse adequadas", disse Dilma, segundo áudio divulgado pela Presidência da República.
 
A denúncia de espionagem foi divulgada por reportagem exibida no domingo pelo programa "Fantástico", da TV Globo, com base em documentos vazados pelo ex-prestador de serviço da Agência de Segurança Nacional dos EUA (NSA, na sigla em inglês) Edward Snowden. Segundo o programa, a NSA teria espionado emails, telefonemas e mensagens de texto de Dilma.
 
Dilma ficou "furiosa" com a denúncia, nas palavras de uma fonte do governo, e nesta sexta disse que considerou o fato "gravíssimo" e cobrou de Obama a dimensão completa do ocorrido.
 
"Qual é o rombo? Eu quero saber o que há? Eu não sei o que há", afirmou a repórteres. A presidente afirmou ainda que Obama se comprometeu a dar uma resposta sobre o ocorrido ao governo brasileiro até quarta-feira.
 
VIAGEM AOS EUA: CONDIÇÕES POLÍTICAS
 
A tensão com os EUA colocou sob ameaça a visita de Estado de Dilma a Washington, agendada para outubro. Dilma não deu garantias de que a viagem está mantida e disse que isso depende "de condições políticas" que precisam ser restabelecidas pelo governo norte-americano.
 
"O presidente Obama declarou e reiterou que queria criar as condições políticas para a minha viagem aos Estados Unidos, e sabia que isso passava pela adoção de medidas em consonância com aquelas requeridas pelo governo brasileiro, claramente ele reiterou isso", disse.
Fonte: Reuters

 

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