O Departamento de Justiça dos Estados Unidos e autoridades de defesa da concorrência contestaram nesta terça-feira (13) a proposta de US$ 11 bilhões para a fusão da American Airlines e US Airways. A transação resultou na criação da maior companhia aérea do mundo.
As autoridades avaliaram que o negócio pode causar danos aos consumidores americanos, que teriam de arcar com preços maiores de bilhetes aéreos e tarifas devido à menor concorrência no setor.
"Se a fusão for adiante, mesmo um pequeno aumento no preço dos bilhetes, das bagagens e nas tarifas para mudança de bilhetes resultaria num prejuízo milionário para os consumidores", afirmou o subprocurador responsável por assuntos de concorrência no Departamento de Justiça, Bill Baer.
A principal preocupação das autoridades se concentra no aeroporto de Washington, onde as duas companhias teriam 63% dos voos diretos. Ainda segundo o Departamento de Justiça, a fusão deixaria 80% dos voos comerciais nos EUA na mão de quatro companhias.
A Airways e a American Airlines não se pronunciaram sobre o tema.
MAIOR COMPANHIA DO SETOR
Em fevereiro deste ano, os conselhos de administração do grupo da American Airlines e da US Airways aprovaram a fusão entre as empresas após reuniões.
A transação, além de criar a maior companhia aérea do mundo, caso concretizada, ajudaria a American a deixar o processo de recuperação judicial em que se encontra desde 2011.
O negócio depende da aprovação do órgão de defesa da concorrência dos EUA e outras autoridades do país.
Com a fusão, a companhia passará a oferecer 6.700 voos diários para 336 destinos em 56 países.
Pelo acordo, credores da American Airlines ficariam com 72% da nova companhia deixando o restante aos acionistas da parceira. A nova empresa deve ser comandada pelo presidente-executivo da U.S Airways, Doug Parker. Já o líder da American, Thomas Horton, ficará na posição de presidente do conselho até 2014.
Fonte: Folha.com share Via Facebook