Confrontos nas ruas, polícia em greve, trens e ônibus parados e rodovias bloqueadas por barricadas em chamas. O cenário se disseminou pelas seis cidade-sede da Copa das Confederações ao longo da última semana.
Aproveitando a visibilidade que o torneio dá aos protestos e a maior sensibilidade dos governos às vésperas de um grande evento internacional, grevistas e movimentos sociais deflagraram uma série de manifestações. A Fifa monitora os movimentos.
Brasília enfrentou ontem um protesto que interrompeu os acessos ao estádio Mané Garrincha, palco da abertura e do jogo inaugural entre Brasil e Japão, hoje, às 16h.
O movimento "Copa pra Quem?" --que questiona o custo e o legado dos megaeventos esportivos que o Brasil irá sediar-- convocou um novo protesto para hoje antes do confronto.
O movimento promete mobilizar nos próximos dias protestos em outras 11 capitais.
No Rio, uma manifestação anteontem contra o aumento da passagem de ônibus resultou em violento confronto entre manifestantes e a Polícia Militar em avenidas.
Em Fortaleza, motoristas e cobradores de ônibus paralisaram ontem por duas horas um dos terminais. A categoria, que pede aumento salarial, está fazendo paralisações durante toda a semana e já fala em possível greve.
Em Belo Horizonte, Polícia Civil e professores estaduais estão em greve. Apesar de uma decisão judicial proibir manifestações no entorno do Mineirão, as duas categorias prometem furar o bloqueio da Fifa e dar um "abraço simbólico" no estádio.
Em Recife, os metroviários recuaram da ameaça de greve, mas uma paralisação dos ônibus levou caos à cidade.
Em Salvador, servidores municipais de saúde, limpeza urbana, segurança, salva-vidas e de trânsito pararam.
Na Olimpíada de Londres--12, motoristas de ônibus e funcionários da imigração realizaram paralisações.
Na Copa da África do Sul--2010, houve protestos salariais e manifestações por moradia, emprego e serviços básicos à população pobre.
Fonte: Folha.com share via facebook