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Obama defende diálogo na Síria, mas alerta para desafios

Mundo - 13/05/2013 18:50

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, prometeu nesta terça-feira trabalhar para levar o governo e os rebeldes da Síria à mesa de negociações em Genebra nas próximas semanas, mas alertou que será difícil controlar a situação na guerra civil em curso.
 
Citando obstáculos como o envolvimento do Irã, do Hezbollah e da Frente Nusra, ligada à Al Qaeda, Obama adotou um tom mais cauteloso durante entrevista coletiva na Casa Branca, depois de na semana passada os Estados Unidos e a Rússia chegarem a um acordo para promoverem uma conferência internacional de paz.
 
"Se de fato conseguirmos mediar uma transição política pacífica que leve à saída (do presidente Bashar al) Assad, mas a um Estado em que a Síria continue intacta, que acomode os interesses de todos os grupos étnicos, de todos os grupos religiosos dentro da Síria, e que isso acabe com o banho de sangue, estabilize a situação, isso será bom não só para nós, será bom para todos", disse Obama ao lado do primeiro-ministro britânico, David Cameron.
 
Mas Obama afirmou que não poderia fazer promessas, por causa do que descreveu como "mistura explosiva" na crise síria.
 
"Francamente, às vezes quando uma fúria foi desencadeada em uma situação como a que estamos vendo na Síria, é muito difícil rearranjar as coisas", disse ele a jornalistas.
 
"Ainda haverá enormes desafios ... mesmo que a Rússia esteja envolvida, porque ainda teremos outros países como o Irã, e temos atores não-estatais como o Hezbollah, que estão ativamente envolvidos."
 
Obama, criticado interna e externamente por sua postura cautelosa diante do conflito sírio, não fez menção às deliberações dos Estados Unidos a respeito de começarem a armar combatente da oposição síria -algo a que ele resiste-, entre outras opções sob consideração.
 
"Vamos continuar trabalhando para estabelecer os fatos que cercam o uso de armas químicas na Síria, e esses fatos vão ajudar a guiar nossos próximos passos", disse Obama.
 
Ele já alertou que o uso confirmado de armas químicas pelas forças de Assad teria sérias implicações, mas os Estados Unidos dizem que por enquanto não há provas conclusivas de que isso ocorreu.
Fonte: Reuters

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