Os desafios de acessibilidade em São Paulo começam na porta de casa, mas as dificuldades que a metrópole impõe vão muito além da falta de calçadas com rampas ou sinalizações adequadas. A pouca oferta de ônibus acessíveis em toda a cidade obriga pessoas com deficiência a ficar por mais de uma hora esperando em pontos e terminais urbanos.
Na segunda reportagem da série ''Caminhos de Michelle'', a realidade do transporte coletivo pelas ruas e avenidas da capital paulista. A estudante Michelle Balderama, que usa uma cadeira de rodas há 6 anos, já enfrentou uma ladeira e disputou espaço com os veículos em uma avenida do Tremembé, na zona norte, para chegar ao ponto de ônibus.
Agora, é necessário ter paciência para esperar a chegada de um veículo com equipamentos de acessibilidade, como rampa ou elevador. ''Eu vejo passar dois, três, até quatro ônibus. Fico quase uma hora aguardando no ponto e o mesmo tempo no terminal'', diz Michelle.
Na sexta-feira, a Secretária Municipal de Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida (SMPED), Marianne Pinotti, explica porque São Paulo ainda não é 100% acessível.
Fonte: Estadão