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Centros culturais divulgam a nova música brasileira

Música - 28/12/2014 11:47


Pelas dimensões continentais do Brasil, o país pode ser considerado uma nação com poucos equipamentos culturais. Inclusive, muitas salas que no passado serviam como teatros e cinemas, se transformaram em imóveis com outras finalidades nas últimas décadas. Isso é fruto da má preservação da nossa memória e do baixo investimento privado e público em cultura. É uma verdade inconveniente e que restringe o espaço para divulgação artística de trabalhos autorais e com menos apelo comercial.

Os centro culturais espalhados pelo país formam uma pequena, porém importante, rede de equipamentos que dedica espaço para artistas que não se encaixam no circuito mainstream. Sesc, Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) e Centro Cultural São Paulo (CCSP) são exemplos de casas reconhecidamente importantes para a divulgação artística no país.

O diferencial desses espaços começa pela preocupação na criação de uma programação qualificada e dotada de conceitos únicos. No CCBB – que tem unidades em São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Minas Gerais – são desenvolvidas séries musicais e não shows isolados.
Essas apresentações sequenciais e temáticas são selecionadas com antecedência, por meio de edital, e podem se repetir em mais de uma unidade, ampliando assim o alcance de cada projeto. “Para o show musical acontecer no nosso espaço, ele precisa ter relevância histórica ou ser inovador, além de obrigatoriamente ser inédito. Resgatar um grande artista, comemorar uma efeméride ou apresentar ideias vanguardistas fazem parte da premissa do espaço”, comenta Carlos Nagib, gerente geral do CCBB.

Entre as séries de maior relevância realizadas pela casa nos últimos anos estão os shows em comemoração aos 80 anos de João Donato, o musical que resgata a obra de Cassia Eller e a série que celebra os 150 anos de Ernesto Nazareth. Após ser apresentado no CCBB, o espetáculo é liberado para estrear no circuito comercial ou em outras casas com o mesmo perfil. “Nosso intuito é impulsionar a música independente e inovadora no país. Além disso, estamos preocupados com a formação de um público qualificado e fiel. Não queremos só fazer shows e, sim, criar séries conceituais que vão muito além do palco. Também nos preocupamos em manter teatros com condições técnicas elevadas. A experiência que proporcionamos precisa ser marcante”, confirma Nagib.

SHOWS VIA EDITAIS

As preocupações do gerente do CCBB são compartilhadas por Juliano Gentile, curador de música popular do CCSP. Na casa, a programação é regular e continuada. Porém, há uma preocupação em divulgar nomes da comunidade local no espaço. “Abrimos as portas para cinco apresentações semanais, sendo duas voltadas à música clássica. Nos posicionamos como representantes em divulgação de música autoral e independente. Somos uma instituição pública e temos essa responsabilidade. Contemplamos a diversidade de gêneros. Não somos uma casa de shows e, sim, um centro cultural”, pontua, deixando clara a diferença.

Ao contrário do CCBB, o CCSP não dá prioridade para contratação de shows via edital. Os shows são organizados individualmente e pagos com verba repassada pela Prefeitura de São Paulo. “Espaços de shows que priorizam a música autoral são importantes nos dias de hoje – afinal, gravar é fácil, porém difundir um trabalho diferente está cada vez mais difícil. Queremos nos posicionar como precursores de demandas reais (desse tipo de artista) na região metropolitana”, reflete Gentile.

O CCSP também é referência na realização de shows de nomes internacionais. Para atrair essas atrações, o espaço trabalha em parceria com consulados e embaixadas. “Esse tipo de junção diminui custos, já que contratar um nome estrangeiro não costuma ser fácil e nem barato. Por isso, quando pensamos em um representante de fora, avaliamos se a banda também pretende realizar outros shows no país ou no continente, o que para o artista é positivo, pois diminui os custos de logística e aumenta a exposição do trabalho”, analisa.

Em novembro, o CCSP vai realizar um projeto em parceria com o Instituto Cultural da Dinamarca. A ideia é apresentar artistas de diversos segmentos do país europeu. “Será o primeiro CCSP Mundo e pensamos em realizá-lo anualmente, sempre dando espaço para um país diferente”, reflete Gentile.
Fonte: Portal Sucesso 
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