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Muito trampo

Música - 12/05/2014 19:50


Dado Villa-Lobos é um dos artistas mais importantes do Brasil. O guitarrista da saudosa Legião Urbana construiu riffs marcantes e reconhecíveis logo nas primeiras notas. Mas ele não vive só do passado e, mesmo após 15 anos do fim de sua banda com Renato Russo e Marcelo Bonfá, o artista continua a produzir material inédito e a se envolver em várias frentes. Recentemente ele estreou um programa musical no canal Bis e, em paralelo vem trabalhando seu segundo disco solo, O passo do colapso – onde, além de tocar todos os instrumentos, também assumiu a difícil tarefa de cantar.

Com acordo inicial para exibição de 13 episódios no canal Bis, o Estúdio do Dado não utiliza nenhuma fórmula revolucionária para conquistar o gosto popular – muito pelo contrário. Dado entra em estúdio com outros artistas e os blocos vão se passando entre jams e conversas. Nada muito rebuscado. E, a primeira atração não poderia ser mais insólita. Gilberto Gil mandou seu axé no estúdio do guitarrista! “Tudo fluiu exatamente como eu imaginava. A ideia é trazer o artista e deixá-lo livre pra interpretar o que bem entender. E, de preferencia, algo fora do seu habitual”, comentou o guitarrista. O projeto é promissor e há grande possibilidade de se tornar um DVD. A ideia está sendo amadurecida e discutida pelos diretores do Bis e é vista com bons olhos por Dado. “Em princípio, teremos apenas um site onde disponibilizaremos todos os extras de cada programa. Minha ideia é que no futuro isso seja lançado em mídia física. Seria sensacional”, detalha.

Vale citar que o Bis é mais um canal de música e cultura pop em meio a tantos outros que disputam audiência entre a programação à cabo. E Dado vibra com essa concorrência saudável, deixando claro que a música brasileira é a maior vencedora dessa “guerra”. “Os artistas nacionais ganham um espaço nobre e uma conexão direta com o público. A música ao vivo tem apelo imediato e causa um efeito de hipnose total no telespectador”. Mas nem tudo são flores e Dado também aponta alguns pontos a serem melhorados na programação dessas emissoras. “Estamos acertando em relação a roteiros, pautas e formatos. Eu mudaria as vinhetas de apresentação e capricharia mais na finalização do áudio e vídeo”, condena.

Evidentemente, o Estúdio do Dado dá um gás ainda maior na carreira do artista, colocando em evidência também as vertentes de produtor e compositor. “Mais do que todo esse cartaz, o programa passa a ideia de que música é um bem universal em todos os seus formatos”, divaga. É bom salientar que estar à frente desse projeto ajudou de forma indireta a divulgar o segundo trabalho solo de Dado, O passo do colapso. “Lancei o disco no final de 2013 apenas em formato digital e neste ano ele começará a ser vendido em formato físico também”, corrobora.

É inevitável não comparar O passo do colapso com os discos da Legião Urbana. As músicas Overdose de coração, Quando a casa cai e Sobriedade remetem muito às
obras da banda de Brasília e são também as preferidas de Dado nessa jornada solo. “Tendo em vista que sou parte da Legião como compositor, guitarrista, baixista, violonista, é claro que alguma conexão existe. Contudo, acho que fui um pouco além e me reinventei. Era essa a ideia, já que se passaram mais de 15 anos do fim da banda”, explica.

Porém, em seus shows Dado não deixa de tocar os clássicos da Legião. Ele organizou um espetáculo que tem como base o repertório de sua toda história musical. Além de canções de seu projeto solo, o artista toca os hinos Índios, Teorema, Eu sei, Teatro dos vampiros, entre outras. “Executo os hits antigas com muito respeito, força e virtude. Os encaixo dentro de um contexto”, explica ele, que se apresenta em casas noturnas e teatros, tendo um público médio de 700 pessoas por show.

Dado Villa-Lobos é um dos guitarristas nacionais que mais inspiram os músicos em início de carreira. Apesar de não criar riffs rebuscados, ele conseguiu imprimir seu estilo, que traz como principal característica a criatividade. Grande parte das canções que compõem a discografia do Legião Urbana foram feitas com arranjos de três ou quatro acordes. “Quando tentam me atingir com a máxima de que toco acordes simples, sempre rebato que na música, o mais difícil é transformar três acordes em hit. E nisso, a Legião Urbana foi hors concours”, desafia.

Fonte: Portal Sucesso de Rádios

 

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